Teatro: Origem e Legado - 22/07/2009

Querido(a) amigo(a) leitor(a) é com imensa alegria que mais uma vez, trazemos-lhe mais um texto em nosso blog! E hoje, poderemos ler um pouco sobre as origens e o legado trazido pelo teatro. Gostar de teatro, nos faz querer conhecer um pouco mais sobre sua origem, sua história, para que possamos trazer isso para nossa realidade.

Aproveitamos para agradecer todas as visitas que temos tido até hoje, e lembramos que nesta sexta-feira 24/07/2009, teremos mais uma agenda cultural repleta de opções para o seu fim de semana!

Aprendam e conheçam um pouco mais sobre o Teatro com o nosso novo post!

Um grande abraço de todos que fazem o Grupo Teatral Arte e Sociedade!!!

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O teatro, no formato que mais se assemelha ao que hoje conhecemos, teve sua origem na Grécia em meio as festas dionisíacas realizadas em honra a Dionísio, deus do vinho, das emoções fortes e do teatro. Tal festividade se desenrolara no período primaveril de cada ano, concomitantemente à colheita do vinho, através de cerimônias religiosas procissões e recitais.


Conforme alguns relatos, Téspis fora a pessoa que ousou em meio aos tributos reservados ao deus Dionísio se ornar com uma máscara envolta a cachos de uvas e se autodeclarar, em praça pública, o deus Dionísio, possibilitando assim a transformação do sagrado em profano e do ritual em teatro.


Nos famosos festivais de teatro de Atenas, berço do teatro e de tantas influências ocidentais, todos os papéis eram desempenhados por homens que para interpretar personagens femininos faziam uso de máscaras desse gênero.


Podemos dizer que os gregos antigos foram os primeiros a perceber que o sucesso da dramaturgia se fazia a partir da capacidade do público se identificar com os personagens; com as narrativas e estórias que passaram a ser pensadas com base nessa relação entre o universo teatral e o real.


Para Aristóteles, ao experimentar sentimentos intensos e episódios trágicos, por meio do teatro e das representações que nele se desenvolvia, esperava-se que as pessoas refinassem as próprias emoções e desejos. As peças, mais ainda, faziam os espectadores refletir sobre as dificuldades e problemas inerentes à espécie humana, como a natureza do destino e conflitos de cunho humano-social. Assim, os dramaturgos tanto por meio da tragédia ou da comédia discutiam temáticas que interessassem a cidade, satirizando o governo e/ou as mazelas da sociedade tipificada como “democrática”.


Isso é o que nos possibilita afirmar que um dos grandes legados da arte teatral grega para o Ocidente moderno/contemporâneo e para a nossa realidade teatral, a realidade do GRUTAS, se encerra na reflexão social, na liberdade de expressão e na representação do cotidiano a fim de despertar na espécie humana maior sensibilidade, criticidade e humanização da mesma.


Por Paulo Felipe - GRUTAS